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sábado, 29 de março de 2014

Advogada nega envolvimento na morte do noivo

Com informações do Jornal O diário: A advogada criminalista Sandra Becker, 43 anos, negou ter qualquer envolvimento com a morte do seu noivo, o caminhoneiro Lourival Alves, 43 anos, executado a tiros no início do ano em Maringá, e considerou sua prisão como ilegal. Suspeita de ser a mandante do crime, ela teve a prisão temporária decretada e desde ontem (27) está presa no 4º Batalhão da Polícia Militar. No início da tarde desta sexta-feira (28), em uma entrevista coletiva de cerca de 20 minutos, concedida à imprensa na sala de comunicações do Batalhão, a advogada confirmou ter sido vítima de violência doméstica por parte do noivo e do filho dele, mas se declarou incapaz de matar ou encomendar a morte de Alves. Apesar das frequentes agressões, ela ressaltou que amava o noivo e acreditava na possibilidade de uma mudança de comportamento dele, já que, no seu entendimento, a agressividade de Alves era "uma doença". Sandra disse ainda que registrou cinco boletins de ocorrências e solicitou a aplicação de medida protetiva contra o noivo na esperança de receber ajuda da Justiça, porém que nenhuma providência foi tomada.

Sobre a confissão do seu cliente e ex-presidiário Marcílio Aparecido Ribeiro, 28 anos, que ao ser preso ontem confirmou a autoria dos disparos, a advogada disse ter ficado surpresa. Ela reafirmou não ter visto o rosto do atirador na noite do crime, mesmo estando ao lado de Alves, dentro do carro. Segundo ela, o casal estava se beijando quando ouviu o barulho do cano da arma batendo na janela seguido dos disparos. Numa reação instintiva, a advogada disse que abaixou a cabeça para se proteger dos tiros e viu apenas um vulto vestido de preto deixando o local. Sandra também negou qualquer envolvimento amoroso com Ribeiro, contradizendo a versão do ex-presidiário, que disse ter agido para defendê-la por conta dos seus sentimentos por ela. "A nossa relação é apenas de amizade, e eu o estava ajudando após ele ganhar a liberdade condicional. Ele trabalhava como pedreiro na obra que estou fazendo nos fundos de casa e dormia num quartinho lá", garantiu ao explicar a presença do cliente em sua residência no dia da prisão.