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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Alunos encontram vidro em merenda escolar

Uma escola de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, suspendeu as aulas na tarde desta quinta-feira (25) depois que cinco alunos encontraram cacos de vidro na merenda escolar. Elas passaram por exames médicos para confirmar se haviam ingerido o vidro, hipótese que já foi descartada. A Polícia Civil investiga o caso e suspeita que tenha sido provocado por travessura.
O incidente ocorreu na Escola Estadual de Ensino Fundamental Olaria Daudt, no bairro Colonial. Por volta das 11h, os alunos do 4º ano foram para o refeitório. Cinco deles encontraram pedaços de vidro misturados à merenda e reclamaram. A direção da escola constatou o problema e suspendeu a refeição. Toda a comida foi jogada fora.
Segundo a coordenadora da 27ª Coordenadoria Regional de Ensino (CRE), Lúcia Barcelos, crianças mais novas já haviam se alimentado no local e nenhum problema foi constatado. Após a reclamação, os alunos que encontraram vidro na comida foram encaminhados para atendimento médico e os demais, liberados.
“A escola fica na periferia. Muitos jovens têm como alimentação principal do dia a merenda escolar. Tivemos que jogar tudo fora. As crianças ficaram com fome e foram mandadas de volta para casa”, diz Lúcia.
As crianças com suspeita de terem ingerido o vidro foram levadas para o Hospital Municipal Getúlio Vargas. Conforme a assessoria do hospital, nenhum apresentou cortes na boca e nem na garganta. Os alunos ficaram em observação e passaram por uma nova avaliação no final da tarde desta quinta-feira (25). Todos devem ser liberados, com recomendações, até as 21h.
A Polícia Civil foi acionada e o local isolado para a realização da perícia. Os peritos analisaram todas as panelas, além da comida jogada no lixo, e nada encontraram. Seis pessoas prestaram depoimento na 1º Delegacia de Polícia do município, entre elas a diretora, a professora do 4º ano e as duas merendeiras da escola, as únicas que tiveram acesso ao alimento.
“A primeira hipótese que levantamos é que os cacos poderiam ter sido jogados na panela durante o preparo da comida, mas isto foi descartado depois da perícia. Nada foi encontrado nas panelas e nem na comida jogada fora. Agora trabalhamos com a hipótese de que tenha sido uma traquinagem, uma travessura de uma criança”, conta o delegado Daniel Ordahi, que investiga o caso.
Segundo a polícia, o refeitório da escola é cercado de vidros e, perto dali, crianças jogam bola em uma quadra de esportes. A suspeita é que os cacos de vidro tenham sido pegos de alguma janela estilhaçada no local e colocados nos pratos dos colegas. A coordenadora da 27ª CRE também acredita na hipótese de alguma travessura de um aluno.
Conforme o delegado Ordahi, se for constatado que quem colocou os cacos de vidro no prato dos alunos foi uma criança com menos de 12 anos, não há o que possa ser feito pela polícia. Caso tenha sido um adolescente, o caso será encaminhado para a delegacia competente para lidar com menores de idade, mas a punição não deve ser maior do que uma advertência.